HIDRO SAPIENS
--------------Para Leninha
usina motora de si mesmo
coloca-se em pé
a água vertical
setenta porcento líquido
sofre da lua interferências
em seus oceanos particulares
deságua a mãe sua cria
o rio próprio segue seu curso:
os nascentes são vários
e os rumos: infindáveis.
os pequenos rios dele se multiplicam tanto:
rareiam a jornada absoluta
enquanto abundam gerações prêt-à-porter
a água corrente-cristal se refaz
ao inaugurar outros líquidos seres:
é a procriação que desce para o grande mar
em ações suas marés internas se traduzem:
na soma das partes digitais
o bem se estreita cada vez mais
o futuro mais distante é o mais próximo:
se esgotada a fonte de seu manancial
o hidro sapiens anuncia a despedida final
Ferriól Cabanas
terça-feira, 16 de setembro de 2008
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
GRAMAÇÃO
GRAMAÇÃO
-----------------------(Para Edival Less Nau Perrini)
Coração gigante,
só não maior porque perfume diário:
não se percebe mais o gesto diamante.
Pressionado-lapidado,
o sem nau brilha mais que o próprio rumo:
emoções presidiárias.
Acesa a chama
dentro do nós:
sem fim o começo.
Argonauta da palavra
o verbo gera multiplicação:
eternidades gramadas no papel.
Resta o amanhã do poeta refazedor:
o vazio incansável.
-----------------------------------Ferriól Cabanas
-----------------------------------Outubro/2001
-----------------------(Para Edival Less Nau Perrini)
Coração gigante,
só não maior porque perfume diário:
não se percebe mais o gesto diamante.
Pressionado-lapidado,
o sem nau brilha mais que o próprio rumo:
emoções presidiárias.
Acesa a chama
dentro do nós:
sem fim o começo.
Argonauta da palavra
o verbo gera multiplicação:
eternidades gramadas no papel.
Resta o amanhã do poeta refazedor:
o vazio incansável.
-----------------------------------Ferriól Cabanas
-----------------------------------Outubro/2001
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