domingo, 3 de fevereiro de 2008

LINGUANATO

LINGUANATO

Para Guilherme Cabanas

Meu linguanato
alberga palavras
que são nossas.

Seus ouvidos
verdes de nós
colhem frases especulares.

Nossos verbos
maduros de si
partem de sua província.

Conversas matriciais
no exercício fecundo
de nossas circunstâncias.

Imbricados sons,
delícias auditivas
revezam-se.

Rezas matinais
erros vespertinos
tudo renasce e incendeia.

Nossa língua pátria
repousa no ventre original
e alumia toda uma nação.